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#Twitter: Livre, leve e solto – Como e por que a rede social do passarinho continua voando alto

20th fevereiro 2015   ·   0 Comments

Por Ennio Rodrigues / Ilustração: Abraão Marcos Corazza

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Tem gente que diz que a era do Twitter já passou faz tempo. Hashtag, trending topics, follow friday, todas essas expressões que aprendemos no auge da rede social, em 2009, ficaram enterradas no cemitério da internet. Mas a verdade é que os números da rede social no Brasil mostram exatamente o contrário. Por que – e para quem – o Twitter ainda é relevante?

Tendências como parcerias com emissoras de TV para medição de audiência, interações usando recursos de segunda tela para transmissões ao vivo, a ampliação do acesso via celular entre usuários e um sistema de exibição de mensagens menos burocrático do que outras redes sociais não deixam o Twitter cair no esquecimento. Muito pelo contrário, em 2014 o sistema de microblogging teve seu maior crescimento desde 2010 no Brasil: 25,6%.

Para a jornalista Rosana Hermann (@rosana), presença brasileira forte no Twitter desde quando a rede foi lançada, a receita do sucesso nunca mudou. Um dos principais trunfos do espaço continua sendo seu lado informal. “O Twitter é a rede social com menos compromisso, porque segue a lógica do ‘flow’, do fluxo“, afirma Rosana. A liberdade de participar de conversas coletivas, a não obrigatoriedade das respostas e a intensa corrente de informação criaram, na avaliação da jornalista, um novo jeito de se relacionar.  Não é como c e r t a s redes sociais o Facebook, por exemplo, onde pega mal se você não responder ou, pelo menos, der um like na mensagem de um amigo em seu mural. “O Twitter é uma rede social que dispensa todos os códigos sociais no sentido antigo. O Twitter é livre, leve, solto, como um passarinho“, resume.

Além do convívio sem filtros entre tweets de portais de notícia com amenidades e bobagens na mesma timeline, o aumento do uso em smartphones dos usuários ajuda a criar esse ambiente descontraído. Afinal, a rede social tem uma vocação imensa para o mobile: layout minimalista, textos curtos, imagens, navegação baseada na rolagem. Em 2014, chegou a 72% o número de usuários que acessam a rede via celular. Um aumento percentual de 10% na comparação com 2013, quando 38% usavam o computador para postar na rede.

Os usuários do Twitter são ávidos por informação em tempo real, ‘quente’ e rápida”, avalia o diretor de Business Intelligence da agência CasaDigital, em Brasília, Max Stabile (@maxstabile). De acordo com ele, o fato de a Copa do Mundo e as Eleições terem sido assuntos de destaque no Twitter em 2014 é um bom indicador do comportamento de quem usa o serviço atualmente. E uma prova de quem nem só de tweets inúteis se alimenta o passarinho azul.

Diferentemente de outras redes sociais, que se conectam pela proximidade entre os usuários ou o interesse entre as pessoas envolvidas, o foco do Twitter são os assuntos em discussão. “No Twitter, não costumamos seguir somente nossa rede  de relacionamento mas, principalmente assuntos de interesse. Bons perfis conseguem fornecer ao seu público informação relevante em tempo real“ , analisa Stabile.

 

Liberdade para quem publica e para quem anuncia

Além do ambiente menos sisudo e do rio de informações em tempo real, outra característica vista como positiva no Twitter é a menor interferência no fluxo de dados gerados na rede. Apesar de recentes modificações no algoritmo para começar a mostrar alguns tweets antigos, o foco principal é não interferir no que é exibido em tempo real. Não importa muito se aquele tweet teve muitos RTs ou se ganhou muitas estrelas: se você não estava conectado para conferir na hora em que ele foi publicado, provavelmente não vai mais vê-lo.

“A timeline no Twitter é um rio que nunca para. Você chega, mergulha, conversa com quem está na beira, na água, sai e o rio continua”, avalia Rosana Hermann. E isso também é bom para os anunciantes, que, de acordo com Max Stabile, acabam se sentindo presos à vontade dos desenvolvedores de outras redes sociais. Comprovação disso é o fato de, segundo o site, que 80% dos 200 principais anunciantes brasileiros fizeram ações no Twitter em 2014. Esse número era de 10% há dois anos.

 

E você? Usa o Twitter com frequência? Por que você acredita que ele segue crescendo?

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