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Prefeitura de São Paulo usa mosquitos geneticamente modificados para combater a dengue

30th abril 2015   ·   0 Comments

Por Ennio Rodrigues

aegypti

É como diz aquele velho ditado: se não pode vencê-los, envie parceiros geneticamente modificados para evitar a proliferação deles. O Ministério Público Estadual de São Paulo autorizou o início, nesta quinta-feira (30), de uma nova estratégia de combate ao mosquito Aedes aegypti: uso de espécimes transgênicos do inseto. O projeto é uma parceria entre a Prefeitura de Piracicaba (SP) e a empresa especializada em controle de insetos Oxitec e irá soltar 800 mil insetos modificados por semana na cidade, em bairros mais afetados pela doença.

Batizados de “Aedes do Bem”, os mosquitos transgênicos são todos machos e foram modificados para que os filhotes gerados não sejam saudáveis o suficiente para chegar à vida adulta, se transformando em transmissores potenciais da dengue. Por serem machos, eles também não picam os seres humanos.

A expectativa divulgada é que o ciclo de transmissão da doença seja interrompido gradativamente e que, em até dez meses, não haja mais nenhum Aedes aegypti na cidade de Piracicaba. Atualmente, a região é uma das que mais sofrem com epidemia de dengue que acontece no interior de São Paulo.

Em fase experimental, a técnica de modificação genética custou 150 mil reais à prefeitura e os resultados da experiência de Piracicaba vão impactar na posição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o uso da tecnologia em outros locais do país.

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