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Entenda por que a bondade é contagiosa

2nd junho 2015   ·   0 Comments

Novo estudo mapeou o que ocorre com o corpo e o cérebro quando testemunhamos atos de bondade e compaixão

Você já emocionou ao assistir um filme no qual o super-herói salva os inocentes das garras do vilão? Pesquisadores têm um nome para essa sensação que temos ao testemunhar atos de bondade: elevação moral. E eles apontam que esse sentimento pode trazer muitos benefícios. Estudos anteriores já revelaram que a elevação moral poderia tornar as pessoas mais otimistas, com o desejo de serem melhores e agirem de forma altruísta.

Pois um recente ;estudo de psicobiologia se propôs a ;entender quais são as reações do corpo no momento da elevação moral. Para realizá-lo, foram observados ;104 estudantes universitários. Enquanto alguns deles assistiam a vídeos com cenas de atos de compaixão ou atos heroicos, outros contemplavam situações cotidianas divertidas. Durante esse experimento, os pesquisadores mediam os ;batimentos cardíacos e verificavam a atividade do córtex pré-frontal (parte do cérebro associada ao processo cognitivo e ao planejamento de comportamentos e pensamentos complexos) desses alunos.

Para o procedimento também foi medida a arritmia sinusal, um indicador da atividade no sistema nervoso parassimpático, responsável por responder ações de calma. As batidas cardíacas, no entanto, são um indicador do sistema simpático, que comanda ações de estresse. Por ser a parte do cérebro associada aos sentimentos “calorosos” e às ligações que construímos com outras pessoas, os pesquisadores imaginavam a ativação do sistema parassimpático durante a experiência da elevação moral. Mas o resultados mostraram um padrão diferente: os estudantes que assistiram aos vídeos pró-elevação, tiveram uma ativação dupla, ou seja, nos dois sistemas cerebrais, durante os pontos mais emocionantes dos vídeos. Já os estudantes que assistiram vídeos meramente divertidos não tiveram nenhum dos sistemas ativados.

Essa ativação dupla durante a sensação de elevação moral surpreendeu uma das autoras do estudo, Sarina Saturn, pesquisadora da Oregon State University.

“Isso realmente é um padrão incomum, no qual você vê os dois lados do sistema nervoso recrutados para agir em uma única emoção”.

Ela comenta que os resultados começaram a fazer sentido depois de analisar outros estudos. A dupla ativação do sistema simpático e parassimpático acontece em situações nas quais o indivíduo se comporta em prol de outra pessoa, mas que colocam o seu corpo em estado de alerta, como nas atividades sexuais e em outras situações, como ao cuidar dos filhos. O mesmo sintoma deve acontecer durante o processo de elevação moral. Afinal, ao vermos uma ação de compaixão, nós testemunhamos sofrimento e isso pode ser estressante. No entanto, ao vemos o sofrimento ser aliviado por um ato altruísta, os batimentos do coração se acalmam, permitindo, assim, que o estresse vá embora e os sentimentos de calma e prazer voltem à tona. Essa mistura de sentimentos é provavelmente o que acalma o nosso coração em um nível suficiente para nos dar motivações para agir de maneira mais bondosa no futuro.

“É interessante ver que o que acontece no seu corpo vira uma inspiração para as pessoas serem mais gentis” diz Sarina. “Eu acho que nós sabíamos disso de forma anedótica, mas agora é ótimo ver o que acontece de fato nos nossos corpos e cérebros”.

O que se pode concluir é que o fenômeno chamado de elevação mortal inspira o altruísmo devido a uma mistura de excitação e desejo de proteger os outros. A pesquisadora acredita que o hormônio oxitocina é o provável responsável por isso e que ele pode ser também a explicação para as reações fortes e viscerais que as pessoas sentem ao experienciar essa sensação.

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