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The Lumineers abraça a melancolia e faz ode ao feminino com "Cleopatra"

8th maio 2016   ·   0 Comments

Trio indie é responsável por um dos melhores álbuns da atualidade e prova que a pressão do sucesso pode ser muito boa para a evolução da arte

A banda de folk rock americana The Lumineers estorou para o mundo com o hit “Ho Hey”, que integrou a trilha da série “The Vampire Diaries” e do filme “O Lado Bom da Vida” (2013). Quatro anos depois de “The Lumineers”, o trio do Colorado retorna com “Cleopatra”, um álbum muito mais maduro e bem adornado do que o primeiro do grupo.

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A banda em ação, maturidade, melancolia e folk

Foto: Divulgação

Puxado por “Ophelia”, principal single do disco, “Cleopatra”, lançado em abril, já chegou à 2ª posição do Billboard 200, um dos principais parâmetros comerciais para se medir o impacto de um novo trabalho.

A banda que devolveu o folk de raiz às paradas de sucesso volta com um álbum mais melancólico e sóbrio, como atestam canções como “In The Light”, “Gun Song” e “Long Way From Home”. A atmosfera melódica de “Cleopatra”, terceira música do álbum, sintetiza a forta presença do feminino no trabalho, algo que dá outro sabor à referida melancolia que impregna o álbum.

A capa do segundo disco da banda

A capa do segundo disco da banda

Foto: Divulgação

Além do ícone cultural e mítico que é Cleopatra, que batiza esse segundo disco, mulheres duronas, as famigeradas “badass”, permeiam o novo trabalho do The Lumineers como a potente e charmosa “Angela”.

Depois do flerte com o mainstream, ornado principalmente por músicas compostas para a saga “Jogos Vorazes” no cinema, o The Luminners surge mais consciencioso em “Cleopatra”. A banda parece reagir às pressões depois de ter virado referência com “Ho Hey”, mas a inclusão de “Gale Song”, do filme “Em Chamas”, no álbum soa como oportunismo e, ainda que a música seja boa, difere fundamentalmente do tom do disco.

No geral, “Cleopatra” é um disco que revela que a banda pode ir longe. Os pianos avalizam coros chorosos e que aquecem os ouvidos e as influências de Bob Dylan e Bruce Springsteen estão mais refinadas.

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