Filed Under:  Música

Turma do Pagode canta clássicos dos anos 1990 em novo disco

7th setembro 2017   ·   0 Comments

“Misturadin”. É assim que a Turma do Pagode desponta em 2017 com o seu novo trabalho, que procura de fato misturar anos e cantores do gênero em um disco que foi gravado ao vivo em São Paulo.

Com anos de estrada, o grupo resolveu relembrar e homenagear aqueles que foram inspiração para que fosse possível construir esta trajetória no universo da música, como Exaltassamba e Negritude Jr, entre outros. O trabalho traz 17 faixas, sendo nove delas inéditas, enquanto as outras remontam clássicos dos anos 1990 e 2000.

Turma do Pagode com Reinaldo Príncipe do Pagode durante gravação do disco

Turma do Pagode com Reinaldo Príncipe do Pagode durante gravação do disco

Foto: Reprodução

“Nesse projeto, a gente pensou quais foram as nossas influências, de onde surgiu a Turma do Pagode, como surgiu, as referências que tínhamos”, conta Leiz, um dos vocais do grupo. “Tentamos mostrar tudo isso através da música pra grande parte do nosso publico que não chegaram a conhecer esses artistas. Nos nossos show tem pessoas de 16, 17 anos que não chagaram a curtir um Negritude Jr. no auge, por exemplo e a gente quis mostrar um pouco da nossa referencia não só pra a galera mas presentar com artistas que deram tanto para nós”, completa.

Apesar de trazer inéditas da banda, reviver grandes clássicos com os seus próprios intérpretes, para Leiz, foi como um sonho realizado. “Eu cresci vendo Negritude, Exaltasamba, Pixote e eu nunca pensei um dia chegar perto deles, o máximo era no show e hoje em dia poder dividir o palco e cantar com eles, é uma coisa que marca, emociona”, confessa o cantor. O álbum conta com a participação de Péricles, Chrigor, Dodô (Pixote), Netinho de Paula, Leandro Lehart e Márcio Art do Art Popular, Belo e Reinaldo, O Príncipe do Pagode.

Novos tempos

Unindo o nostálgico das canções da virada do século com músicas mais modernas em seu novo trabalho, Leiz acredita que o cenário para o pagode no Brasil tenha mudado, mas que a sua importância nas rodas de música permanece a mesma. “Na verdade, os tempos mudaram. Antigamente, eu acho que o mercado musical era muito voltado pro samba e pagode, a abertura era maior, o espaço era maior e hoje em dia não tá tão em evidencia”, opina. “Hoje em dia, para você se manter é bem mais difícil porque o espaço é menor e a grade musical está exigindo mais dos artistas”, afirma. Entretanto, apesar disso, Leiz confessa que para a Turma do Pagode nunca faltou trabalho e que os shows seguem a todo vapor. “Se você gravar uma música legal, que o pessoal se identifica, independente do segmento, do estilo, eles vão curtir”, completa.

Com a paixão pela música, Leiz afirma que um dos projetos para o futuro da banda é de espalhar o gênero pelo País. “A nossa intenção é mostrar pra aquelas pessoas que não chegaram a curtir ou conhecer esses grupos de pagode possam saber mais da importância deles. Queremos levar a as nossa referências e o que nos influenciou para todo o Brasil”, afirma. “Misturadin” já está disponível nas plataformas digitais.

Readers Comments (0)